O passageiro que quebrou as poltronas do avião em um voo que saiu de São Paulo e aterrissou no Recife, no domingo (14), estava bêbado. A Polícia Federal, que o conteve, disse nesta terça-feira (16) que ele foi detido e liberado em audiência de custódia.
Segundo a corporação, o homem é vendedor ambulante, tem 34 anos e é natural de Coronel Fabriciano (MG). No vídeo, um tripulante aparece retirando o material quebrado de perto dele para que ninguém se machucasse.
Os outros passageiros acompanharam tudo e ficaram assustados. Alguns deles filmaram o que estava acontecendo. O voo 1556 CGH – REC, que saiu de Congonhas, em São Paulo, era operado pela Gol Linhas Aéreas.
De acordo com a Polícia Federal, meia hora antes de iniciar a descida no Aeroporto do Recife, o ambulante começou a ficar desorientado e apresentando sintomas de náuseas.
Tripulantes pediram ajuda a um passageiro que é médico para fazer aplicação de glicose na veia do homem. Foi aí que ele começou a agredir fisicamente e verbalmente a tripulação e os passageiros, quebrando a poltrona e mesa de apoio do assento.
“Foi encontrada na bagagem de mão do passageiro uma garrafa plástica contendo o resto de uma substância transparente semelhante a cachaça”, afirmou a Polícia Federal, por meio de nota.
A corporação disse, também, que a contenção do homem durou mais de 15 minutos, e que ele colocou o voo em perigo e expôs todos a um “desastre aéreo”.
“O piloto da aeronave fez contato através de rádio com a empresa aérea, solicitando apoio após o pouso à Polícia Federal para o desembarque compulsório do passageiro e procedimentos legais”, afirmou a corporação.
Quando era levado à sede da PF, o ambulante estava alterado, cuspindo nas pessoas e chutando mesas. Ele foi autuado por dano qualificado, por expor a perigo aeronave e por impedir ou dificultar navegação aérea.
As penas variam entre 2 e 5 anos de reclusão. Ele passou por audiência de custódia e foi solto, para responder ao processo em liberdade.
Por meio de nota, a Gol informou que o cliente foi contido pela tripulação e pela PF, que foi acionada para acompanhar o desembarque pela porta traseira. “Todas as ações e procedimentos adotados pela companhia foram tomados com foco na segurança dos comissários e clientes”, disse, no comunicado.
O nome do passageiro não foi divulgado. A Gol também não disse quais os prejuízos provocados por ele e se seria registrada queixa ou tomada alguma medida legal.
Fonte: g1