O Rio de Janeiro registrava, no início da tarde desta quinta-feira (9), 121 pacientes internados com Covid. Esta é a maior ocupação pela doença em quase quatro meses. Em 13 de fevereiro, eram 132 hospitalizados com complicações causadas pelo coronavírus.
E destes 121 internados de agora, pelo menos 95 estavam com alguma dose da vacina em atraso.
O número de pacientes internados vem aumentando a cada semana. No dia 22 de abril, a rede SUS da capital tinha 8 pacientes internados. Em 22 de maio, eram 18. Esta semana o número saltou para 85 na segunda-feira (6). E passou de 100 nesta manhã. A média está em 4.400 casos conhecidos por dia, mais que o dobro do registrado há duas semanas.
Quem pode se vacinar
Profissionais de saúde com 40 anos ou mais já podem receber a quarta dose. Para o público em geral, o segundo reforço está disponível para quem tem a partir de 50 anos.
Segundo a Prefeitura do Rio, 67% da população maior de 18 anos já tem ao menos uma dose de reforço. A terceira aplicação já está disponível para os adolescentes — mas até agora apenas 19% deles voltaram aos postos. Até esta quinta-feira, 59% dos idosos com mais de 60 anos já tinham quatro doses no braço.
Especialistas alertam
A pneumologista Margareth Dalcolmo afirma que “o momento é delicado”.
“Esses casos [de internados] estão relacionados a pessoas não vacinadas e a pessoas com muita idade ou com outras doenças de imunossupressão”, explicou.
“Nós recomendamos manter o uso de máscara nessas próximas semanas em todo ambiente fechado”, destacou.
Já Mário Roberto Dal Poz, professor do instituto de medicina social da Uerj, lembrou a necessidade de retomar a busca ativa na rede municipal de saúde.
“As vacinas protegem contra casos graves, mas por um período ainda curto. Nós não temos vacinas de proteção mais longa. Então é muito importante que as pessoas sejam chamadas aos centros de saúde para enfim tomar as doses de reforço da vacina”, disse.
A rede particular também registrou um aumento na procura das emergências de pacientes com síndrome gripal.
“A maior parte dá positivo para Covid, mas não se traduz em internação. A maioria dos casos é leve e tem uma evolução benigna. Alguns pacientes chegam a ser internados, têm idade ou comorbidades e não completaram a vacinação”, afirmou Graccho Alvim, diretor da associação de hospitais do RJ.
Fonte: g1